Minha participação em "You Are the Trickster", disco de Luciano Garcez.

Olá, meus Caros!

É com muito prazer que anuncio aqui o lançamento de "You Are the Trickster", cd do compositor Luciano Garcez, meu amigo musical de longa data.

Além de ser parte da formação atual do grupo que o acompanha, tive a honra de gravar duas das faixas que compõem "You Are the Trickster": "À Sombra do Café Nice" (Homenagem aos criadores do Samba) e "Devastidão".

Esta é a introdução de "À Sombra do Café Nice". Aqui, o poema (De autoria de Luciano Garcez) é declamado pelo grande Guinga.

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E aqui está "À Sombra do Café Nice", samba no qual tive a honra de juntar meu contrabaixo aos talentos de Luciano Garcez, Izabel Padovani (vozes), Flávio Bala (saxofone), Rodrigo Zaidan (piano) e Bebê do Góes (percussão).

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O contrabaixo utilizado nessa gravação foi meu Ibanez Sg.

Espero que vocês gostem.

Cara, tocar samba é inexplicável. Som gostoso! Parabéns!

Muito bom Zubrycky, a música ficou muito boa, parabéns pelo trabalho.

Obrigado, edumerino, Lucas94 e Cantão!

Fico muito feliz pelas respostas de vocês.

Continuando com a empreitada, eis aqui uma foto do cd.



Aqui está um vídeo de "À Sombra do Café Nice", tocada pelo Locuções de Pierrot, uma versão anterior (Da qual também fiz parte) da banda de Luciano Garcez.

Espero que vocês gostem.



P.S.: Terei novidades em breve.

Parabéns caro amigo Mão de Marreta... Muito bom mesmo.

Aêêê!! O homem-martelo também toca na suavidade! Excelente, Zubrycky! Parabéns!

Ainda teve participação da Bel Padovani, que legal.

Obrigado, queridos CG e Joabi!

Ae Zubrycky (mais se lê Zubrisk )
Muito legal o som parabens.

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Obrigado, meu Caro!

P.S.: Em breve, terei novidades...

Só agora vi este tópico... . Gosto de samba. De ouvir e de tocar.Dentre as muitas variações no estilo essa não é uma das minhas preferidas, mas o trabalho está muito bem feito,parabéns!! Destaque para o clima soturno deixado pela mixagem, ficou com cara daquelas gravações antigas, muito bom.

^

Obrigado, meu Caro!

Quanto à mixagem, meu envolvimento com ela foi zero, mas a idéia era deixar a música com uma cara de gravação antiga mesmo, uma vez que ela é um samba feito para ser um tributo ao Café Nice e aos compositores que lá se encontravam.

P.S.: Sobre o Café Nice...

"Nice dos poetas e dos cantores
Dos boêmios e dos compositores
Que falta você nos faz.
Hoje a turma chora de saudade
Ao ver sua portas fechadas
Que não se abrirão nunca mais."

(Samba de Arnô Provenzano/Otolino Lopes/Gil de Lima).

Rara imagem da fachada do Nice



Situado na avenida Rio Branco, nº 174, foi inaugurado em 18 de agosto de 1928, funcionando por mais de duas décadas. O ano de fechamento é divergente, nas fontes pesquisadas, 1954/1956.

Do lado de fora do Café, ficavam, nas calçadas, as mesas e cadeiras de vime. O interior tinha dois ambientes. Um mais requintado, onde se serviam lanches, chás e bebidas finas, e outro onde eram vendidos cafezinhos, a tradicional média pão com manteiga e bebidas mais simples, local preferido pelos artistas. Foi esse lado do Nice que o tornou famoso; espécie de sede da música brasileira. Lá rolavam amizades, encontros, contratos, compra e venda de músicas, imperando a conhecida máxima de Sinhô de que "samba é igual a passarinho, é de quem pegar".

Nestor Holanda, jornalista e assíduo frequentador do Nice, relata que ali se realizava, talvez, o maior mercado de música popular do mundo. As transações se davam a qualquer hora, já que o Nice abria cedo e fechava bem tarde. Segundo ele, o pianista e violonista Augusto Vasseur quando estava sem dinheiro ia para o Nice, levando lápis e papel de música. Logo aparecia quem precisasse de uma partitura escrita, pela qual cobrava dez cruzeiros, por peça. Se fosse orquestração cobrava bem mais caro, cem cruzeiros.

Assim como ele era comum deparar-se, nas mesas do Nice, com músicos como Pixinguinha, Benedito Lacerda, Osvaldo Borba, Guerra Peixe, Raul de Barros transcrevendo melodias para o pentagrama, orquestrando, consultando métricas e melodias. Figura curiosa de gênio analfabeto em música era Lamartine Babo. Afinadíssimo já trazia tudo praticamente pronto na cabeça, mas não sabia colocar no papel, aí a turma do Nice resolvia o impasse.

A malandragem, também, corria solta no Nice. Conta-se que certa vez "o compositor Frazão, que vivia em Paquetá, fez uma melodia na travessia da barca da Cantareira e, chegando ao Rio, foi direto para o Nice e pediu ao primeiro músico que encontrou, para escrevê-la. Boêmio e disperso, saiu, em seguida, para uma pescaria com os amigos, por vários dias". Resultado, quando retornou ouviu sua melodia já gravada, em nome de outro, que comprara do tal músico. Por essas e outras é que alguns frequentadores diziam, "até as paredes do Nice têm ouvidos para roubar idéias"...

Símbolo de uma época de ouro para a Música Popular Brasileira, ponto de encontro de grandes compositores e cantores do Rio de Janeiro, o Café Nice é um capítulo da história da nossa música.

Fontes: Almanaque do Samba, de André Diniz
Os grandes sambas da História, fascículos da Ed. Globo.

P.S.2: Breve eu posto aqui "Devastidão", a outra música que gravei para esse disco.

"^"

Muito interessante.

Olá de novo!

Conforme prometido, retorno a este tópico com uma novidade.

Coloquei no meu Soundcloud a outra canção que gravei para o disco "You Are The Trickster", de Luciano Garcez.

O nome desta música é "Devastidão".

Ela é bem diferente de "À Sombra do Café Nice", como vocês poderão notar. Na verdade, me arrisco a dizer que ela é diferente de tudo o que é feito hoje em dia (Pelo menos eu não conheço nada igual a ela).

A canção começa com um tema tocado com o cistre (Um instrumento medieval) e quando a banda começa a tocar a canção, vocês poderão notar que, ao longo dos compassos, a música começa a se metamorfosear, mudando completamente de gênero musical (Fiz o melhor que pude para tocar esses gêneros do jeito mais autêntico possível).

Enfim, é uma canção bem diferente do que se ouve por aí.

Espero que vocês gostem dela tanto quanto eu gostei de gravá-la.

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Em tempo: O baixo utilizado foi o meu Ibanez SG. Particularmente gostei do timbre desta gravação.

P.S.: Para quem quer conhecer melhor o que é um cistre, eis aqui um link e, para quem quiser ouvir algo tocado com este instrumento, eis abaixo um vídeo.

Ressucitando o tópico, aqui está um vídeo para quem quiser ouvir "À Sombra do Café Nice" no youtube.



Neste vídeo (Assim como no cd), a canção é precedida por "O Rio que me arrastou", poema de Luciano Garcez que serve como introdução para "À Sombra do Café Nice" e que é declamado no disco pelo Guinga.

Surpreendente Zubriscky, surpreendente!!!! de Black Sabbath ao Samba... muto bom.

O Café Nice foi uma das primeiras casas noturnas que fui aqui no Rio assim que peguei minha carta de emancipação aos 15 anos. O Nice fechou e depois reabriu como Night And Day, onde conheci minha esposa, e hoje está fechado!

Tocas samba muito bem amigão!!!

Parabéns pela desenvoltura musical!

ClaudioBass escreveu:Surpreendente Zubriscky, surpreendente!!!! de Black Sabbath ao Samba... muto bom.

O Café Nice foi uma das primeiras casas noturnas que fui aqui no Rio assim que peguei minha carta de emancipação aos 15 anos. O Nice fechou e depois reabriu como Night And Day, onde conheci minha esposa, e hoje está fechado!

GeTorres escreveu:Tocas samba muito bem amigão!!!

Parabéns pela desenvoltura musical!

Obrigado pelas afáveis palavras, meus Queridos!

Fico muito feliz em saber que vocês gostaram. Tenho muito orgulho em ser uma pequena parte deste disco.

P.S.: Também fico feliz em saber que o Café Nice (E sua reencarnação como Night and Day) lhe traz boas recordações, ClaudioBass.

Olá a todos!

Ressucitando o tópico, eis um vídeo novo em folha (Novíssimo, sendo mais exato) para "Devastidão", a segunda música que gravei para o disco "You Are The Trickster", do Luciano Garcez.

O baixo utilizado foi, novamente, o meu Ibanez Sg.

Espero que vocês gostem.



Músicos

Luciano Garcez: voz e cistre (tema do "Salutz a Uma Dama Moura".
Marcelo Segreto: violão.
Luciano Carvalho: piano, teclado e strings.
Renan Vitoriano: violino.
Cecília Bernardes e Daniella Alcarpe: vocais.
Diego Zubrycky: baixo.
André de Almeida Rocha: bateria.
Heitor Rangel: descarga.
Participações Especiais e Estruturais: Marley-Let It Be, Idade Média, Sub-Djavan, Sub Jobim, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, Richard Wagner, Carlos Lyra, Oswald de Andrade e John Dowland.

Muito bom! Parabéns Zubrycky!
Gostei do SG na "Devastidão", no ponto!!

Davi Motta escreveu:Muito bom! Parabéns Zubrycky!
Gostei do SG na "Devastidão", no ponto!!

Muito obrigado, Davi!

Suas palavras me honram imensamente.

Abraço!